Li recentemente em um artigo a seguinte frase: "Inteligência Artificial é a forma que encontramos para fazer uma pedra achar que pensa". Falhei em tomar nota do autor, mas achei a afirmação bastante acertada já que o silício, componente principal dos computadores atuais, é abundante em todo o planeta, como em areia de praia, só para citar uma das possíveis fontes. Sem pensar muito na natureza da eletricidade, esse misterioso ingrediente do qual lançamos mão para produzir os milagres que a informática hoje nos proporciona, fica então o elogio ao método científico, esse terceiro ingrediente dessa equação que fundamenta toda a ciência da informação contemporânea. Foi através de sua aplicação que os algoritmos hoje utilizados na Inteligência Artificial (IA) foram desenvolvidos, e que tornaram possíveis aplicações que até há pouco tempo habitavam os domínios da ficção científica. Como o Tradutor Google, por exemplo.
Embora ainda estejamos longe do evento do despertar de uma IA genérica - conhecido como Singularidade Tecnológica (recomendo a leitura de todo o excelente artigo, mas especialmente da seção Cultura Popular), as IA especialistas vêm apresentando resultados cada vez mais empolgantes. A IBM apresentou há alguns anos uma IA chamada Deep Blue com o objetivo de jogar bem xadrez. E em 2016, os esforços da Google obtiveram sucesso para um jogo bem mais complicado: o tradicional jogo oriental de estratégia conhecido como Go.
O documentário abaixo mostra a prova do conceito, e foca principalmente no impacto social da tecnologia. O jogo era visto como algo que necessitava da intuição humana, aquela indefinível qualidade que nos faz acreditar sermos capazes de desempenhar bem em situações com alta probabilidade de fracasso. E o Go apresenta um cenário no qual o número possível de combinações é maior que o número de átomos em todo o universo; impossível, portanto, que um computador seja capaz de jogar prevendo a totalidade - ou a quase totalidade - de jogadas, como se faz no xadrez. Esse fato levou especialistas a preverem que o objetivo só seria alcançado em meados da década de 2020. Bem, por medo de acidentalmente produzir spoilers, vou ficando por aqui e convido a quem quiser desbravar o documentário comentar este post com suas impressões sobre o tema. Liguem as legendas e bom filme.
Embora ainda estejamos longe do evento do despertar de uma IA genérica - conhecido como Singularidade Tecnológica (recomendo a leitura de todo o excelente artigo, mas especialmente da seção Cultura Popular), as IA especialistas vêm apresentando resultados cada vez mais empolgantes. A IBM apresentou há alguns anos uma IA chamada Deep Blue com o objetivo de jogar bem xadrez. E em 2016, os esforços da Google obtiveram sucesso para um jogo bem mais complicado: o tradicional jogo oriental de estratégia conhecido como Go.
O documentário abaixo mostra a prova do conceito, e foca principalmente no impacto social da tecnologia. O jogo era visto como algo que necessitava da intuição humana, aquela indefinível qualidade que nos faz acreditar sermos capazes de desempenhar bem em situações com alta probabilidade de fracasso. E o Go apresenta um cenário no qual o número possível de combinações é maior que o número de átomos em todo o universo; impossível, portanto, que um computador seja capaz de jogar prevendo a totalidade - ou a quase totalidade - de jogadas, como se faz no xadrez. Esse fato levou especialistas a preverem que o objetivo só seria alcançado em meados da década de 2020. Bem, por medo de acidentalmente produzir spoilers, vou ficando por aqui e convido a quem quiser desbravar o documentário comentar este post com suas impressões sobre o tema. Liguem as legendas e bom filme.
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