Com este post, Cássio Siqueira inicia uma série de publicações com o conteúdo integral de seu artigo, já disponível em livro de Wendell Stein pela Amazon juntamente com o resultado dos esforços de outros dezessete escritores. Optou-se por publicar posts curtos todos os domingos pela manhã, respeitando aproximadamente a divisão de seções do artigo original. Segue abaixo a primeira parte do trabalho. Boa leitura.
Prólogo
Na estória bíblica da Torre de Babel, teríamos iniciado a construção da tal torre com o objetivo de nos aproximarmos de Deus. Contrariado, Ele teria feito com que os homens não mais se entendessem entre si pela criação de diversos e diferentes idiomas. Tornamo-nos opacos, e as intenções de um ficaram para sempre escondidas de todos os demais; a humanidade teria então perdido a única forma de completa e verdadeiramente entender seus semelhantes. Claro que ainda há outras formas de nos comunicarmos e de avaliarmos as intenções de outros, formas mais imperfeitas, ineficientes, e muitas vezes até ineficazes por estarem também sujeitas a preconceitos e interpretações distorcidas. Como é facilmente verificável, essa imperfeita comunicação entre os diferentes povos tem sido vítima de ruído até os dias de hoje, e não há perspectiva alguma de que isso venha a acabar em um futuro próximo. Apesar disso, nada nos impede de nos aperfeiçoarmos na difícil atividade de esclarecer desentendimentos, de buscar compreender e aprender com outras culturas, e de estabelecer relacionamentos do tipo “ganha-ganha” com outros povos se e quando houver necessidade e/ou conveniência recíprocas. Se obtivermos sucesso nisso, talvez venhamos a merecer estabelecer embaixadas em civilizações não terráqueas que sejam aproximadamente tão avançadas quanto nós. Ou menos.
Porque se forem muito mais avançadas… bem, é exatamente essa a proposta a ser discutida neste ensaio, especialmente sob a ótica da influência de outras culturas sobre a nossa própria, e de que forma isso poderia nos forçar a “pensar fora da caixa”, evoluir ou extirpar paradigmas, e abandonar aquele determinado conjunto de tradições que, apesar de firmemente consolidadas, têm influência mais prejudicial do que benéfica. Convido o leitor a considerar esta ingênua análise de nosso próprio comportamento em relação ao “outro” – assim mesmo entre aspas, por se tratar de referência grupos desconhecidos… ou conhecidos, mas para com os quais percebo grandes diferenças – com base em três fatores que elegi como relevantes para este texto: evolução, aparência e tecnologia.
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